A Guarda Civil Municipal (GCM) de Teresina vai instaurar uma investigação interna contra um agente da corporação preso em flagrante por atirar e quebrar uma porta da casa da ex-companheira no último sábado (12). Ela não estava na residência no momento do crime.
O secretário municipal de Segurança Pública, coronel Wagner Torres, determinou à corregedoria da GCM que abra um procedimento administrativo disciplinar (PAD) para investigar a conduta do guarda. A corporação tem até 90 dias para fazer a apuração.
Ao fim do processo, a Guarda decidirá a sanção ao agente: advertência, suspensão ou demissão – a última punição só pode ser aplicada pelo prefeito. O g1 tentou, mas não conseguiu entrar em contato com o guarda municipal.
Segundo o secretário, o guarda foi à casa da ex durante a madrugada e fez vários disparos. Em meio aos tiros, ele chutou uma porta de vidro e teve a perna ferida por um estilhaço.
“Um pedaço caiu e perfurou a coxa dele, [saiu] muito sangue. Ele fez um torniquete. A vizinhança comunicou a Polícia Militar, chegou uma viatura e o encaminhou ao hospital”, disse Wagner Torres.
De acordo com o coronel, os policiais levaram o guarda ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e, depois, prestaram depoimento ao delegado de plantão na Central de Flagrantes de Teresina.
O delegado autuou o agente da GCM pelos crimes de dano qualificado e disparo de arma de fogo em locais habitados – previsto no Estatuto do Desarmamento.
A audiência de custódia aconteceu de forma virtual, no domingo (14), enquanto o guarda ainda estava internado no HUT.
O juiz da audiência concedeu a liberdade provisória ao agente e impôs algumas medidas cautelares, como a proibição de sair de Teresina sem autorização e a procura de tratamento psicológico.
“A Guarda vai fazer a apuração e tomar as providências, que podem ser uma simples advertência, uma suspensão de até 90 dias – em que ele deixa de receber os provimentos – ou até a demissão, mas apenas o prefeito pode demitir”, completou o secretário de Segurança.
fonte: G1 Piauí
