A Comarca da Justiça de Paulistana decretou a prisão do coronel da Polícia Militar chamado Ricardo Almeida, que foi denunciado por abusar de uma criança de 11 anos na cidade.
A defesa do coronel informou à TV Clube que ele se apresentou espontaneamente no Quartel do Comando Geral da PM do Piauí nesta quinta-feira (31).
O promotor Assuero Stevenson, titular da 9ª Vara Criminal de Teresina, de Auditoria Militar, informou que determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar se o coronel teria se valido da posição de coronel para cometer o crime. O Inquérito Policial Militar acontece de forma independente à investigação da Polícia Civil.
"São fatos graves. Ontem eu recebi uma ligação de um pai que estava desesperado porque a filha dele também tinha sido abusada por esse policial quando ela tinha 10 anos. Hoje ele já fez uma declaração na promotoria, e encaminhei. Não vou identificar a garota, mas os fatos que ela trouxe também são repugnantes", comentou o promotor Assuero.
Uma mulher não identificada usou as redes sociais para denunciar que sua filha de 11 anos foi abusada sexualmente por um coronel da Polícia Militar do Piauí. O g1 não conseguiu entrar em contato com o coronel para comentar o caso.
A Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana (Deamgv) de Paulistana, localizada a 474 km de Teresina, está investigando o caso.
Em nota, a Polícia Militar do Piauí informou que a Corregedoria-Geral irá pedir cópias do inquérito policial para a instaurar de um procedimento administrativo, e o oficial ficará afastado de suas funções durante as apurações.
No relato publicado, a mãe conta que o crime ocorreu na residência dos avós paternos da menina, em Paulistana. Ela não dá detalhes sobre como ele teria cometido o crime. Segundo a mulher, a filha está traumatizada e não brinca mais com colegas.
“Minha filha foi abusada por um monstro [...]. O fato aconteceu na casa dos avós paternos. (..) Um dia minha filha me ligou aos prantos pedindo: ‘mamãe, venha me buscar’. Achei estranho, pois ela gostava de lá. (...) Peço justiça, quero justiça. Eu não vou me calar”, iniciou a mulher.
“Hoje estou com a minha filha traumatizada e não estou indo trabalhar, pois sempre tem que ter uma pessoa com ela. (...) Ele abusou da minha filha dentro da casa dos avós. Ela relatou que não foi a primeira vez. (...) Minha filha só tem 11 anos e é inocente. Hoje ela não joga bola, não vai mais para a pracinha brincar com as amiguinhas dela. Agora sempre tem que ter um adulto perto dela”, completou a mãe.
Em nota, a delegada Thainah de Souza Teixeira, da Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana (Deamgv) de Paulistana, declarou que está investigando a denúncia de estupro de vulnerável. Confira:
Leia abaixo a nota completa da Deamgv:
A Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana (Deamgv) de Paulistana, informa que as investigações referentes ao caso em questão estão em andamento. Reforçamos que, por se tratar de uma apuração sigilosa, não é possível fornecer mais detalhes neste momento, a fim de preservar a eficácia dos trabalhos e evitar prejuízos à investigação.
Esclarecemos que todas as diligências necessárias foram realizadas até o momento, e novas ações poderão ser tomadas conforme o desenvolvimento dos fatos e a necessidade da elucidação completa do caso.
Leia abaixo o comunicado da PM-PI sobre o caso
A Polícia militar do Piauí vem a público se pronunciar em razão da circulação, nas redes sociais, de um vídeo em que são atribuídas acusações de crime de estupro de vulnerável envolvendo um oficial da instituição.
A corporação está em contato com a Polícia Civil do Piauí para obter informações sobre a instauração de inquérito policial, dado que o caso envolve um crime de competência da esfera comum.
No âmbito militar, a Polícia Militar, por meio da Corregedoria-Geral, adotará as devidas providências e solicitará cópias do inquérito policial para a instauração de um procedimento administrativo, onde o referido oficial ficará afastado de suas funções durante as apurações.
A instituição reafirma seu compromisso com a transparência, o rigor e o respeito às normas e leis vigentes na condução deste caso.
fonte: g1 Piauí